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Esquizofrenia e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS)

BPC/LoasEsquizofreniaLOAS

O que é a esquizofrenia?

A esquizofrenia é um transtorno mental grave que pode comprometer significativamente a capacidade de uma pessoa para o trabalho e a vida cotidiana. Devido às limitações impostas pela doença, muitas pessoas diagnosticadas com esquizofrenia podem ter direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Este benefício garante um suporte financeiro essencial para aqueles que não possuem meios de se sustentar.

O que é o BPC/LOAS?

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um direito assistencial concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pessoas com deficiência e idosos com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria subsistência. No caso da esquizofrenia, a doença pode ser considerada uma deficiência para fins de concessão do benefício, desde que a condição comprometa a capacidade da pessoa para a vida independente e o trabalho.

Diferente dos benefícios previdenciários, o BPC não exige contribuições prévias ao INSS, pois é um benefício assistencial. No entanto, ele também não gera direito a 13º salário nem pensão por morte.

Quem tem direito ao BPC por esquizofrenia?

Para ter direito ao BPC, a pessoa com esquizofrenia deve atender a dois principais requisitos:

  1. Deficiência que cause limitação para a vida e o trabalho: A esquizofrenia deve ser considerada incapacitante, afetando significativamente a autonomia do solicitante.
  2. Baixa renda: A renda familiar per capita deve ser inferior a ¼ do salário mínimo vigente.

Além desses critérios, o solicitante deve estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e passar por avaliação médica e social do INSS.

Como solicitar o BPC para esquizofrenia?

O pedido do BPC pode ser feito de forma online pelo portal Meu INSS ou presencialmente em uma agência do INSS. Os principais documentos exigidos são:

  • Documento de identidade e CPF;
  • Comprovante de residência;
  • Laudos médicos detalhados, incluindo relatórios de psiquiatras e exames complementares;
  • Comprovante de inscrição no CadÚnico;
  • Documentos que comprovem a renda familiar.

Após a solicitação, o requerente passará por uma avaliação médica e uma avaliação social, realizadas pelo INSS, para verificar se atende aos critérios do benefício.

O que fazer em caso de negativa do BPC?

Se o pedido for negado, é possível recorrer administrativamente no próprio INSS ou buscar a via judicial. Muitas vezes, decisões são revertidas na Justiça, principalmente se houver laudos médicos consistentes comprovando a gravidade da condição e a incapacidade do solicitante.

Conclusão

O BPC é um benefício essencial para garantir a dignidade de pessoas com esquizofrenia que não conseguem se sustentar. Compreender os requisitos e o processo de solicitação é fundamental para assegurar esse direito. Caso haja dúvidas ou dificuldades na concessão do benefício, buscar orientação jurídica pode ser uma estratégia importante para garantir o acesso ao BPC.

 

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João Paulo Vieira Xavier

Advogado Montes Claros
Pós Graduado e especialista em questões securitárias

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